História da Comunidade

Ás Margem de um córrego , nas mediações do Abrigo São Paulo, caminho para Santa Luzia , na cidade de Belo Horizonte, existia uma ocupação de várias famílias que viviam em condições precárias: morando em barracões de madeira, lona e lata, todos desordenados- sem infra-estrutura alguma.
Em 1979,para desespero destas pessoas, caíram sobre Belo Horizonte por 3 meses seguidos fortes chuvas, provocando grandes enchentes que causou sérios problemas.
Nesta ocasião não existia organização comunitária no local para dar apoio necessário. Sensibilizados pela situação vigente o padre Pier Luigi Bernareggi e Rosa Bâmbrilha _ missionários italianos _ assumiram a causa daquelas famílias, atendendo-lhes as necessidades básicas. Eles faziam campanhas para arrecadar remédios, roupas e alimentos. Em outros momentos padre Piggi celebrava missas nos barracos e ensinava o povo a rezar. Rosa trabalhava no Abrigo São Paulo como enfermeira e nas horas vagas assistia às pessoas doentes: aplicando injeções, fazendo curativos, orientando quanto ao uso de remédios.
Daí surgiu a necessidade de um local fixo para as celebrações e reuniões. construíram então um barraco de madeirite.
No ano de 1980 foi transferido o local para a rua Beira Rio onde a dona Etelvina Caetano de Jesus emprestou para à comunidade parte do terreno de sua residência, que devido sua localização na favela _ era mais apropriado. Esta área porém não era coberta, Padre piggi junto com Emílio fizeram então uma cobertura metálica de 40m².

Ali, Rosa começou reunindo as crianças para brincar e rezar. criou o jardim comecinho da vida.
Reuniam ali também um grupo de quatro pessoas que estavam aprendendo com a Rosa como trabalhar em comunidade. Deram início a um núcleo de reunião para formação, que no mesmo ano tornou uma comunidade cristã chamada BOA UNIÃO, criou-se um conselho que tomava as providências e orientava o povo; equipes de catequese, trabalhos com as mães, círculos bíblicos, evangelização, cultos eucarísticos.
Uma vez criado o corpo de direção de ação comunitária da vila, houve uma assembléia para escolher o nome da comunidade que passou a se chamar COMUNIDADE NOSSA SENHORA DA BOA UNIÃO.
Naquela época o padre Virgílio Ressi trabalhava na coordenação da juventude da paróquia de todos os santos, atendendo a demanda da comunidade Nossa Senhora da Boa União, construiu um galpão de 100m2, à rua Benedito Xavier,nº316, que servia como capela para celebrações de missas,reuniões do grupo de jovens JPF e formação espiritual do povo em geral.

DESAPROPIAÇÃO DA VILA BOA UNIÃO

Em 1993, época em que o Brasil discutia o melhor sistema de governo, entre Monarquia, Parlamentarismo, República e Presidencialismo, o JPF esteve atento, promovendo estudos e conscientização do povo, afinal as pessoas precisavam se manterem informadas a respeito das questões políticas do país.
Nessa mesma época a Comunidade Nossa Senhora da Boa União começou a sofrer ameaça de ser extinta,amparados pelos membros da luta em prol da permanência naquele lugar o grupo conseguiu se manter,mesmo diante da grande pressão do Poder Público.

Até mesmo nos alojamentos que foi uma alternativa da Paróquia à comunidade enquanto aguardavam a construção das casas destinadas às famílias.