Somos seres totalmente necessitados!
Um dos momentos mais edificantes do Evangelho, é aquele em que um dos discípulos pede a Jesus para os ensinarem a orar: "Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou a seus discípulos". (Lc 11,1)
A resposta imediata de Jesus, como Lhe é característico, vem para atingir ao mais íntimo daqueles pobres discípulos, acostumados a viverem de uma forma completamente fora da pedagogia do Mestre.
Jesus responde calmamente: "Quando orares, dizei: Pai, santificado seja o Teu nome; venha o Teu Reino; dá-nos, a cada dia, o pão cotidiano, e perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todo aquele que nos deve; e não nos deixe cair em tentação". (Lc 11, 2-4)
Meditemos neste texto/oração que sabiamente a Igreja introduziu na Liturgia Eucarística antes da Comunhão do Corpo e Sangue de Jesus. Nesta oração está contida todas as nossas necessidades, mas diante de todos os nossos problemas cotidianos, pedimos tudo que achamos ser a nossa necessidade imediata, e nos esquecemos do ensinamento do Mestre.
Muitas vezes deixamos de receber a graça da oferta de Deus, porque procuramos a Sua resposta em cima daquilo que pedimos. Quem está em perfeita sintonia com Deus, sabe que seus pedidos diários e renovados a cada instante, precisam estar de acordo com aquilo que está vivendo. Às vezes, estamos vivendo fora do Reino de Amor, mas nos dirigimos a Deus e suplicamos o que na verdade não é para o nosso bem. Deus atende ao nosso clamor e nos dá aquilo que Jesus nos ensinou, mas a nossa cegueira momentânea não percebe a dádiva enviada.
Portanto, pedir a Deus é um direito nos concedido pela Sua misericórdia, mas, melhor será sempre pedir aquilo que sabemos ser o que nos une ao Seu Amor e nos tornam irmãos, dando a Ele a certeza de que as nossas intenções estarão sempre voltadas para a edificação e para a consumação do Reino. Queremos sim, mas primeiramente buscar o Reino Celestial.
Deus seja louvado e adorado!
Carlos da comunidade pedras vivas
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